Segundo HADDAD, et al. (2006) os nativos brasileiros tinham sua forma particular de tratar os problemas de saúde, o conhecimento dos pajés a respeito dos efeitos terapêuticos de raízes e folhagens foi utilizado até o inicio da colonização. Os primeiros remédios vieram quando expedições ancoraram no Brasil, nessas chegaram também os cirurgiões barbeiros e algumas pessoas que portavam uma botica cheia de drogas.
            As primeiras boticas foram feitas pelos jesuítas juntamente com enfermarias em seus colégios, sendo que cada irmão era responsável por um destes, em São Paulo José de Anchieta foi o primeiro boticário. No século XVI as leis portuguesas regentes no Brasil diziam que o comércio de medicamentos teria que ser feito apenas por boticas e seus boticários, porém havia uma grande facilidade de ter a carta de aprovação para exercer esta profissão. As boticas foram autorizadas como comércio em 1640 e logo se espalhou pelo Brasil (HADDAD, et al., 2006).

Botica Real Militar

            Em 1832 iniciou-se o ensino da Farmácia, vinculados às escolas de medicina na Bahia e no Rio de Janeiro, transformando assim as boticas, que por sua vez eram os locais em que o farmacêutico preparava remédios e tirava duvidas dos clientes com profissionalismo. Em 1920 ocorreu a industrialização do medicamento e em 1930 a mudança gradual no perfil do farmacêutico, sendo que este passou a atuar também atividades industriais e clinico-laboratoriais. A partir destas mudanças, em 1973, 97% dos estudantes de farmácia optaram pela área de analise-clinica visando melhores salários e empresas (HADDAD, et al., 2006).

Escola de Farmácia em Ouro Preto

            Segundo HADDAD, et al. (2006) em 2001 no Fórum Nacional de Avaliação das Diretrizes Curriculares para cursos de Farmácia foi aprovada a formação do Farmacêutico Generalista, que definem um perfil multiprofissional e multidisciplinar. Desde então, este currículo tem passado por diversas mudanças, procurando adaptar-se à legislação e respeitando as realidades de cada região do país.

REFERÊNCIA:  

HADDAD, Ana Estela et al (Org.). A trajetória dos cursos de graduação na saúde: 1991-2004. Brasília: Inep/MEC – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, 2006, 531 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Texto_de_Referencia.pdf>. Acesso em: 07 março 2016.