Segundo o Conselho Regional de Farmácia de Estado de São Paulo, a
primra escola de farmácia foi fundada pelos árabes no século II, criado em
paralelo uma legislação para o exercício da profissão. Porém o desenvolvimento
dessa ocupação não foi uniforme para todo o mundo, estando atrelado, por muito
tempo, ao ensino da medicina. Apenas em 1240 a carta magna da profissão
farmacêutica separou oficialmente esta profissão da medicina, reconhecendo a
necessidade de conhecimentos, habilidades e responsabilidades específicas para
esta profissão (PEREIRA; NASCIMENTO, 2011).
Aparelho para análise |
Provavelmente por conta de a farmácia
ter se mantido à sombra da medicina por vários séculos, existe uma dificuldade
de encontrar estudos fidedignos a respeito da criação do ensino superior desse
curso de maneira geral, porém alguns dados específicos podem ser constatados. A
Europa foi a primeira a criar a Sociedade Farmacêutica e a iniciar o ensino
teórico do curso nas escolas de Medicina. A primeira faculdade de farmácia da América
foi a Philadelphia College of Pharmacy criada em 1821 no EUA. Em Portugal
a faculdade de Farmácia ganhou realmente uma formação teórica em 1836 na
Universidade de Coimbra, porém ainda era anexo à Faculdade de Medicina, se
tornando independente apenas em 1902.
Alambique de Saleron |
O Brasil não deixou passar toda essa
efervescência da academia e com a permanência da família real no país, houve um
grande impulso no desenvolvimento do ensino superior. O ensino formal das
Ciências Farmacêuticas teve início em 1824 fazendo parte da cadeira de Matéria
Médica da Escola de Medicina, como já acontecia na Europa. Posteriormente
são criados cursos de Farmácia em anexo aos de Medicina, como a Faculdade de
Farmácia no Rio de Janeiro criada em 1832, em anexo à Faculdade de Medicina e Cirurgia.
Em 1839 é inaugurada a Escola de Pharmácia de Ouro Preto (MG), o primeiro curso
independente da América Latina (BRANDÃO, 2012), contando com um currículo de
dois anos e disciplinas como Botânica, Farmacologia e Matéria Médica. Na Bahia
o ensino teve início no Curso de Farmácia em 1832, instituído na Faculdade de
Medicina, posteriormente passou para Escola Anexa de Medicina em 1925, sendo
transformada em Unidade Universitária apenas em 1949.
REFERÊNCIAS:
BRANDÃO, Aloísio. Memória farmacêutica: por que preservar? Pharmacia
Brasileira, [s. l.], n. 85, p. 22-26, maio, 2012. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/137/022a026_entrevista_martha_lana.pdf>.
Acesso em 01 maio 2016.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Nossa história. Disponível em:
<http://portal.crfsp.org.br/index.php/nossa-historia-/nossa-historia.html>.
Acesso em 01 maio 2016.
FACULDADE DE FARMÁCIA. Apresentação. Disponível em:
<http://www.farmacia.ufba.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1&Itemid=2>.
Acesso em 01 maio 2016.
PEREIRA, Mariana Linhares Pereira; NASCIMENTO, Mariana Martins Gonzaga
do. Das boticas aos cuidados farmacêuticos: perspectivas do profissional
farmacêutico. Revista Brasileira de
Farmácia, Divinópolis, v. 92, n. 4, p.245-252, 2011. Disponível em:
<http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-2011-92-4-2-245-252.pdf>.
Acesso em 01 maio 2016.
UFRRJ. Deliberação nº26, de 11
de março de 2013. Disponível em:
<http://www.ufrrj.br/soc/DOCS/deliberacoes/cepe/Deliberacoes_2013/Delib026CEPE2013.pdf>.
Acesso em 01 maio 2016.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Faculdade
de Farmácia. Disponível em:
<http://www.uc.pt/ffuc/apresentacao/historia_ensino>.
Acesso em 01 maio 2016.
UNIVERSITY OF THE SCIENCES. Abaout
us. Disponível em:
<http://www.usciences.edu/about/>.
Acesso em 01 maio 2016.
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